Noite fria, jogo frio. Assim foi o Beira-Rio ontem em uma noite de oitavas de final de copa Libertadores da América. Um time tão frio quanto as mais terríveis noites do tenebroso inverno gaúcho.
Sim, eu sei que entramos em campo sem Oscar e D'Alessandro, por isso que neste momento nem me atenho apenas em cobrar qualidade, mas sim espírito de mata-mata! Não ví.
O Internacional de hoje é a imagem e semelhança do semblante de seu treinador, um time sem energia,sem atitude e sem força pra vencer. Aliás, em 5 partidas contra clubes de verdade este ano (2 grenais, 2 contra o Santos e 1 contra o Fluminense) o campeão de tudo não ganhou NENHUMA!
Mas voltemos a falar de nosso jockei, o insoso Dorival. Mesmo com tantos desfalques, o time que entrou em campo na noite de ontem, tinha por obrigação jogar mais, principalmente no primeiro tempo. É inadmissível uma equipe em mata-mata de libertadores entrar em campo sem a menor vibração, completamente sem tesão, sem interesse algum em agredir o adversário. Sem contar na sua famosa "linha de 3".
Tendo Oscar e D'Alessandro, fica muito mais fácil dar certo, fica melhor para todos, inclusive para o náufrago Leandro Damião. Mas não tendo estes dois jogadores, meu mestre Dorival, faça o trivial, jogue no mais ortodoxo 4-4-2, lançando Dagoberto o mais próximo possível da área adversária. Não o fez, não criou, não agrediu, não venceu.
Não tenho dúvidas de que os próximos 15 dias serão decisivos para Dorival Júnior, em caso de eliminação na Libertadores, teremos troca de comando no gigante, ou até mesmo antes, já no domingo, dependendo do que aconteça. Por falar nisso, Juarez está na praça.
Cotação Colorada:
1- Muriel: Cada vez mais seguro, grande defesa no único chute perigoso do Flu.
4- Nei: Cresceu na segunda etapa, beneficiado pelos poucos avanços de Carlinhos.
13- Moledo: Firme no combate, como sempre, desde que não apareça o Neymar.
3- Índio: Soberbo como sempre, quanto mais velho melhor, tirou todas pelo alto, anulou Fred.
6- Kléber: Se estava descontado, não deveria jogar, nem sombra do grande lateral que conhecemos.
5- Guiñazú: A entrega de sempre, a movimentação de sempre e só, como sempre.
24- Sandro Silva: O melhor do Inter, grande ano, teve a difícil missão de parar Deco e conseguiu.
7- Tinga: Não foi o mesmo de outros embates, oscila muito.
23- Dátolo: Razoável, arriscou pouco e perdeu a bola do jogo, acontece.
20- Dagoberto: Um talento desperdiçado por Dorival, mesmo assim ainda está devendo um melhor futebol.
9- Damião: Escreveu na areia, enviou sinal de fumaça, fez dança da chuva, mas ninguem o socorre.
14- Fabrício: Está em melhor momento que o titular.
17- Jajá: Jogador meio esquisito, mas entrou bem, deu a dinâmica que Dagoberto não dá.
18- Jô: Tocou na bola apenas uma vez, acertou a trave. Não fosse por isso, ninguém o teria notado.
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